Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

terça-feira, maio 31, 2005

Elos de Poesia


Introdução:

Bem a todos os que estranhamente lêem o meu blog...
Tenho de vos apresentar um livro que tem poesia de vários poetas do mundo embutida nas suas páginas.
Esse livro tem incluído em si variados poetas que considero como amigos. Uns já conhecia e outros fiquei a conhecer naquele dia 2005-05-26 que fui convidado para a sua apresentação ao mundo.



A Capa:





Os Poetas:

Alice Spínola
Ana Júlia Sança
António Nolasco
Augusta Franco
Berredo Menezes
Brites dos Santos
Carmindo Pinto de Carvalho
Euclides Cavaco
Ferool
Manuela Baptista
Mary-Oak de Villaris
Manuela Pittet
Maria Manuela Rodrigues
Maria Badalassi
Fernando Páscoa
Marília Gonçalves
Marta Lima
Noé Filimão Massango
Teresa Maria Rolão - {{coral}}
João Martim



Um Poema:

Pintora de Papel

Sou uma pintora de papel
Pinto-o de palavras..
Que atiro em tons de fogo
Quando falo do Amor!...
Sou uma pintora de papel
Colorindo-o de azul..
Quando descrevo o mar..
O mar que canto, e me conhece desde.. sempre!
Sou uma pintora de papel
De palavras com carinho,
E aí as pinto de cor de rosa..
Tirando os seus espinhos!..
Sou uma pintora de papel
Pintando algumas palavras de verde
Com colagens de veludos, e riachos..
Lembrando o que deixas em mim!...
Sou mesmo uma pintora de papel.
Sou mesmo uma pintora de papel..
Conjugando as palavras com
Amor, Carinho, Sentimento, Sofrimento..
E também as desilusões!...
Sou uma pintora de papel
Daquela que ama as palavras..
Sou sofredora, e atenta!...
Sou mesmo uma pintora de papel
Porque nasceu comigo..
Esta forma de me expor..
Nas telas que vou pintando..
Por aí, e por além..
Sou uma pintora de papel!..

{{coral}}
.. Dando cor à poesia..



Para o Adquirir:

Caso queiram adquirir a nossa Antologia podem contactar a {{coral}} para o seu e-mail: poetisa54@hotmail.com
O preço que está estipulado são: 10 €uros

segunda-feira, maio 30, 2005


Tenho vergonha...

Tenho vergonha de ser triste
Da mágoa nascida na raíz,
Floridas na angústia do viver
Crescem na poeira árida que em mim existe,
Apresento-vos assim o meu ser...
Do ódio como aprendiz,
Sirvo-me de papel para a ti escrever
Horrenda a força que em mim cresce,
Ouço a voz que em mim causa medo,
Esta alma que anoitece
O sobreviver que acontece
A vergonha de ser um rochedo,
E vivo triste até que a tua imagem
de mim desvanece...

...da Vida.

Assin: Artur Rebelo
(Incluído na Colectanea "Dores")

quarta-feira, maio 25, 2005

No corpo que se mente...

No corpo que se mente,
Numa linha de areia
Arrepia e encolhe,
Queimando na estrada ardente
O meu suor que escorre
Nesse teu corpo de sereia...
Que meu ser agora diferente
Com orgasmo o premeia,
Entre nosso amor
O cheiro quente
Entre nós vagueia
No corpo que se sente
E com nosso se percorre.


Assino: Artur Rebelo

segunda-feira, maio 23, 2005

Em tentativas de desespero,
O sonho que de ti se alimenta
Acordou na fúria
das mascaras de sangue.
Que em pesadelo me cimenta
Na vitória cerrada e pura,
Olho as janela da estrela guia,
Que me molham da escuma
leve e diferente,
Que encontrei à espera.
Foi a vitória do meu clube,
Como voa alto na águia
Que em mim celebra
E me fez molhar o rosto...

Assino: Artur Rebelo

Nota: Parabéns a todos os outros clubes também, o importante haver desportivismo.

sábado, maio 21, 2005

Olhos de ébano claro


Sabes? O olhar teu que me banha
São das fragrâncias outonais
Que em mim ecoaram,
Me perfuraram, gritaram,
Atingiram cá dentro
No enegrecer profundo…
Julgas-me ao vento
Como se eu soubesse
Todos os sabores do mundo...

Eu, homem que desvanece
Nas tuas jóias castanhas sem fundo,
Que me banham e fazem de mim
Uma porta sem entrada…
Olhos que aclamam a terra assim,
Arrepiam as entranhas
Ofuscam o brilho da espada
Como se fosse um castigo
Ardem sobre o brilho das chamas
Que me queimam, imóvel fico.

Olha-me com esses filhos
Que reflectem o ébano de marfim
E assim fere os olhos dum amor antigo
São castanhos os olhos
Que quero a perguntar por mim…

Assino: Artur Rebelo

quarta-feira, maio 18, 2005

Coito interrompido.

Sangro leite do meu sexo
Pelo orgasmo do sentido,
Amo do sexo a doença
Por onde o corpo perdido
Marca o esperma na presença,
Doce ou salgada que me agarra,
Tua vagina agora minha,
Nela afundo,
Nela morro,
Onde em golfadas
O meu liquido já saído,
Que o despejo nesse mundo
Que chamo como meu corpo,
Num coito interrompido.

Assino: Artur Rebelo

Queria que visses com os meus olhos
E vendo pelos meus olhos
Visses os teus.
Queria que te visses como eu te vejo
Que os teus olhos se acendessem em desejo
Como o teu corpo acende os meus.
Queria que visses com os meus olhos
A cor que os teus olhos têm
Reflectidos nos meus.

Poema da Encandescente, uma poetisa que vai sendo uma das referencias, que utilizo na minha parca poesia.

A Encandescente, tem este belo Blogue que está a partir de hoje linkado neste blogue.

http://eroticidades.blogspot.com/

domingo, maio 15, 2005

O corpo não fala.


Se o teu corpo falasse,
Diria que meu corpo não pensa,
Diria que o meu sangue é quente...

Se a tua natureza me amasse,
Seria do brilho a espera
Do atropelo do calor que se sente...

Na intensidade que assim se revela
Das crateras do peito absorvente,
A todo toque que nas bocas assenta
Tal como a língua húmida que mente,
Nada estraga essa tua essência
Que filtra o abafo do sentir,
Com o amor aberto na ausência
Colo teus sucos aqui dentro
Da tua vulva o descobrir
Os líquidos que embutem o relento.
Talvez, não porque me amas,
Mas porque na cama a mim chamas...
E nos lençóis de cetim me estendo.

Assino: Artur Rebelo

quarta-feira, maio 11, 2005

Grito...


Expulso esta angústia pela garganta
Rasgando o silêncio no espaço,
Tento construir no sonho a esperança
Desta ausência o teu regaço...
Regaço que me alimentava o corpo,
Agora turbulento no pulsar que espanta
Ao ser tão duro e frio como o aço...
No coração que pulsa e canta,
Expulsa a cinza ao vento libertada
Sonho ardido já atropela
E a construção desmoronou desabitada...
E mais dentro aqui penetra,
Terminando no percurso desta estrada...
A construção do sonho que me infecta
Onde sobra o pouco quase nada,
Somente o peito que se aperta...

Assino: Artur Rebelo

terça-feira, maio 10, 2005

Viajo no teu limite


Na angustia viajei com palavras a mais,
Como o desespero de sentir a tristeza,
O grito cá dentro soltei
Porque me doi e doi demais...
Folheei tantas vezes tua beleza,
Não esqueço as noites de morte
Suadas, quentes e fatais
Na mágoa da dor tão forte...
Ficou apenas o amor meu, o ódio teu
A falta de sorte...
Da alegria que voou e morreu
Entre palavras sem cor,
Viajei no limite do desgosto
E aqui...
...está a alma em dor
...está o meu corpo que ama,
...está tristeza no rosto,
...está o corpo que a ti chama...
Viajo no teu limite
E cá dentro o nevoeiro de agosto,
Que nasce e abraça o meu corpo
E agora tem o sabor da lama...


Assin: Artur Rebelo

segunda-feira, maio 09, 2005

Corrente Literária:

A minha amiga Singularidade do seu Blogue Singularidade (http://singular.blogs.sapo.pt/) no dia 2 de Maio passou-me esta corrente literária, que já é conhecida de todos...
Obrigada, Isa Desculpa o responder atrasado, mas nem olhava para as perguntas e a minha preguiça saía vencedora.

1. Não podendo sair de Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
A minha resposta não pode ser assumida como ser apenas um livro. No máximo seria uma biblioteca.

2. Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por uma personagem de ficção?
Sinceramente não. Mas imagino sempre na leitura dum livro o entrar na ficção e ser o herói e amar as heroínas que entram na minha imaginação dos livros que leio.

3. Qual foi o último livro que compraste?
O Som do Vermelho - de Amadeu Baptista

4. Qual foi o último livro que leste?
Leio vários livros ao mesmo tempo. Leio partes de livros, normalmente livros de poesia. Leio poemas de um livro, poemas de outro livro. Livro exaustivamente lido do princípio ao fim, terá sido o Perfume.

5.Que livros estás a ler?
Um dos livros que estou a ler é: “Cem Poemas Portugueses do Riso e do Maldizer”

6.Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Acho que 5 livros são uma infinidade do que eu queria levar comigo. Para se levar para uma ilha deserta então levaria livros de sobrevivência (pois aí seriam mais indispensáveis) há que ser prático e um que não dispensava mesmo o meu livro de capa dura e encadernada a dourado. Werther – Göethe.

7. A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
Sinceramente não poderei passar o testemunho porque todos os meus amigos já receberam o desafio. Logo seria enfastiá-los com repetição do mesmo. O importante é que se faça esta “Corrente Literária”.
Fica o desafio aos leitores do meu simples blogue a optarem por aceitar o mesmo desafio se ainda não o fizeram até este momento.

Artur Rebelo

domingo, maio 08, 2005

Um vil criminoso...

Eu e o meu calor
Dispersos na noite quente
Embalam suspiros na tua voz,
E como vil criminoso,
Que sem a ruína do silencio
Sigo o teu calor até à foz...
Danço no teu corpo
Pelo grito do que ele sente.
Porque Grita ele?
Serei um vil criminoso

Na Sombra da noite
Por te amar lentamente?
Talvez seja o vil criminoso
Que busca no teu ser
A sua nascente.
Como criminoso estou preso
aos teus olhos
que a mim vieram prender.
Prende-me a ti
Com o ódio do teu ser
Agora triste e diferente...

Assin: Artur Rebelo
(2005-05-08)

sexta-feira, maio 06, 2005

ENCONTRO COM A LÚCIA



Após um encontro engraçado com a linda poetisa Lucia (Rose) do Blogue que conselho fazerem uma visita. O bloguechama-se The persephone. Houve uma troca de poemas. E é lindo o poema que recebi.

O QUE RECEBI:

Hoje, quero fazer amor
Com as tuas palavras
Aquelas que escreves
com tanta paixão, dor
Alegria ou paz.

Hoje, quero mergulhar
Em tuas palavras,
Sentir, arrepiar-me!

Deito-me
Sinto-as percorrer
Minhas pernas
Parando nas coxas
Como se estivessem
Envergonhadas por estarem a
Escassos milimetros da minha
Fonte de prazer.

Lentamente,
Avançam em
Circulos penetrando-me
Fazendo-me gemer! Gritar por mais!
Outras, navegam
Por meus ombros,
Por meus seios
Apertando-os, não suavemente mas deliciosamente e com Força!

O meu corpo explode
Em mil cores de prazer!

Arranha as palavras mordisca-as

Peço por mais

Quero todas as tuas
Palavras
Fazem-me sentir,
Somente tua!

Novamente ,
O meu corpo
Estremece
E o meu grito
Mistura-se com o teu
Sussurro o que ousa ser indecifrável.

Acordo o corpo suado,
O rosto corado

Sorri, lanço-te gentilmente, nesta brisa com sabor a paixão:

Amo-te!

Rose


Eu claro que ofereci umas palavras versejantes. Mas realço o facto que a poesia escrita por mim estáva impressa numa folha de papel, a da linda Rose estava manuscrita em folhas de dossier A5. Até nisso ela é mais original que eu.
Um beijo para ela.


O QUE OFERECI:

Corpo de Liberdade

Quero descobrir o sabor
Que minha alma anseia,
Sabor puro por aqui tê-la
Numa língua que a conhece de cor...
Na presença da Paixão
Que presa na tua teia
Te venera pintado na janela
Onde cresce o coração...
Meus dedos correm ao sabor
Do teu corpo e fazem dele a tela
Com que pinto o meu amor...
É amor grandioso sem idade
Que ostenta do teu corpo o calor
E dessa mistura o prazer da liberdade.

Artur Rebelo

segunda-feira, maio 02, 2005

...teu cheiro

Tenho ainda no corpo meu
O cheiro que és tu,
Desde que em mim emergiste,
O meu corpo é só teu
E o meu sémen permanece em ebulição,
Que persiste na lama de nome paixão.
As horas arrastam-se
E continua cá teu cheiro,
Como a fome que tenho
De devorar o teu sexo inteiro...
Mas nada sacia esta avidez,
Então mordo suavemente teu seio
Talvez eu consiga matar minha escassez,
Talvez assim o devaneio acalma,
Devoro longamente teu seio
Porque quero devorar desse peito
A tua Alma...
Tenho ainda em mim o teu cheiro...

Assin: Artur Rebelo

domingo, maio 01, 2005

Visto-me de ti

Que vês em mim quando me olhas?
Sentidos do amor que o corpo veste.
Sabes neste mundo eu nada sou,
Um corpo que vagueia
Semi-nú neste quarto,
Um fundo de sangue que incendeia,
O espírito que não está aqui Voou
E o corpo físico chora pelo facto...
Olha o teu corpo despido
A reacção é pura,
Meu corpo grita, porque deseja o teu...
O impulso no meu ser senti,
Meus olhos te penetram com amor,
E do teu corpo me vesti.
E fiz da tua pele o meu suor...

Assin: Artur Rebelo
(Incluído na colecção "Calores" poema n.2 )