Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

domingo, outubro 17, 2004

Sublimação poética.

Eu no meu corpo como o nado morto,
A perseguir o frio, cinzento correcto,
Nada do que me faz ter um gosto,
atalaia do mundo este meu intelecto.

A pena ensanguentada e mais pesada,
escreve no papel palavras em sangue.
Sou íntimo da dor escrita, modulada,
tal traição de amor faz que me zangue.

Pela grandeza triste do meu gesto,
apenas escrevo o que a alma espelha,
do murmurar cá dentro, tal afecto,
da música silenciosa de esguelha.

Sublime alma gentia destronada,
que tal escrita poética não mostra,
silencioso gesto e libertação sustentada.
Cessou o grito tal e qual a pluma se prosta.

Assin: Versejador
(Dedico este poema à Sofia, amiga virtual e nem sabia).