Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

terça-feira, outubro 12, 2004

Quando morrer...

Quando morrer,
não quero choros,
nem cal,
nem missas,
nem nada irreal.
Quando morrer,
será apenas um dia,
não sei se de alegria,
ou algo que tal.
Não façam mal
a esta profusa
que a um morto
não há recusa.
Quando morrer,
caixão de pinhal,
muito vulgar,
e a todos igual.
Triste como o falecer,
é não seber que lugar
onde vou ter.
Será apenas um dia
onde não há respirar.
Não fiquem tristonhos
ou com trajes medonhos
e não me façam implorar.
Apenas desejo um funeral
simples no momento,
que não fique mal
mas com sentimento.
Quando morrer,
na luz do silencio
as vozes suspensas
no ar frio e vazio
das vossas presenças.
Alegrem-se rapazes
pela minha morte,
porque a todos os audazes
calha esta sorte.
Adoro muito viver,
mas tenho estes desejos,
são apenas ensejos
para quando morrer.

Assin: Dogmatic_Lord