Instantes Perdidos

Instantes que se perdem na vida rodopiante e alucinada... Instantes escritos em poesia na busca da perfeição.

quinta-feira, setembro 09, 2004

Vida em Branco

Olho para uma folha em branco
Sem saber o que hei-de escrever
Olho para uma vida em branco
Sem saber o que fazer
Se tu me desses outra folha
Podia tentar ser poeta
Mas outra vida não me podes dar
Portanto fica aí nessa
Não precisas de fingir
Nem de me dizeres nada
Não me dês a folha
Fica aí calado
Vou olhar para ti
E alguma coisa hei-de escrever
Mesmo que não estivesses aí
Eu conseguia-te ver
Vou pensar muito
E alguma coisa há-de sair
Resolvido o problema da folha
Ainda não me posso rir
A vida ainda está fechada
E eu não a consigo abrir


Full Moon

segunda-feira, setembro 06, 2004

As Flores são Eternas

As flores
São pedaços de dor
Reflexos dum amor perdido
Promessas
Dum futuro infinito

As flores não mentem
Quando te olho nos olhos
São carícias que se sentem
São flores de amor que te dou
E não te perdoou
Se as deixares ali...
São flores p’ra ti
Mas são tesouros de mim

Olha-me e aceita-as
São dádivas perfeitas
Que em ti desabrocham

Não agradeças...
São flores
São cores e odores
Lágrimas da Primavera
Que eu choro em cada estação...
São de outra era
São frutos da emoção,
Pois as flores são eternas
São recordações ternas
Que no teu olhar se eternizam
As flores não se pisam
Não se esquecem
São retratos fiéis
Da alma de alguém...

Aceita-as
Leva-as contigo,
São flores, sim
Recebe-as por mim
São belas
Não são efémeras
São eternas
Como os teus olhos em mim.


LadyFullMoon

domingo, setembro 05, 2004

Vou ficar sózinha por uns tempos neste canto.
Veremos do que sou capaz ao comando destas hostes...!

LadyFullMoon

quinta-feira, setembro 02, 2004

Reencontro

E naqueles instantes,
naquele precioso momento
perdido entre os vários rompantes
da vida, tudo começou. O sentimento

Olhei-te demoradamente,
perdendo-me nesses teus olhos escuros,
negro líquido como abismos que atempadamente
me puxavam para os infinitos puros.

A partir daí, deixei de ter alma
e o fôlego que me dava vida
era somente para viver por ti. A calma,
da paixão desmedida.

Por ti. Por esses teus olhos negros
que eram a minha perdição.
Quando te olhei, soube que ao vê-los
encontrara a minha metade, a minha paixão.

E mesmo no meio da multidão.
Ainda não tinhas dado conta de mim
e já sabia que era teu, o meu coração
palpitou rompante tão forte enfim...

Antes mesmo de saber o teu nome,
reconheci-te como eu.
A parte da minha alma que se come
O meu corpo já não é só meu.

Olhei-te, mirei-te afastada,
observei cada detalhe do teu corpo,
dos teus gestos e da tua voz, que fada,
os teus olhos negros fulminam que morro

Em tudo em ti me encontrei.
Tudo em ti era eu também.
Saboreei aquele momento, amei
porque ia ser único e sabia bem.

A certeza de ti tinha um sabor
Encontrara a minha metade
e tu tinhas desperto em mim o amor,
era até dares comigo, mas que beldade.

Quando finalmente me sentiste,
Suspiraste fundo, sem reacção.
O meu coração parou, mas viste
Que eu estava em frustração

Reconheceste-me das nossas idas
naquele instante perdido
entre tantos das nossas vidas,
marcante e repetido.

Nesse momento havia uma certeza
Inabalável de nós.
O mundo era nosso e a beleza
estava ali só à espera de a sós
Juntos, porque o tempo e a grandeza
não separam à força de quem é um só

Assin: Arthe
(Plágio do texto da Fullmoon)

quarta-feira, setembro 01, 2004

Um Amor Sem Igual

É tua
a voz que me chama
É teu
o corpo que me ama
São nossos
Estes momentos fugazes
São nossos
Estes beijos audazes
É teu
o olhar que me seduz
É meu
O sorriso que reluz
É tua
a alma que me reclama
É minha
a boca que te inflama
São nossos
os dias de paixão
São nossos
os instantes de solidão
É teu
o meu coração
Mas chegou o momento
afinal
Do vivermos sempre
Este amor sem igual.

Lady Full Moon

Quem és?

Quem és?

Que me ofereces o amor,
Transporta-me a momentos de loucura,
Mas chora em crises imaginárias de dor,
Quando o ciúme maldoso te anula.

Quem és tu? Que te dás com tanto amor,
Tratas-me como se eu fosse algo bom,
E dás-te com prazer e com tanta cor,
Longe do mundo que para nós tombou.

Quem és tu? Que te comparas com a lua cheia,
Na esperança de me fazer surpresa,
Que adora me ver enleado nessa teia,
E diz coisas feias quando se sente presa.

Quem és tu? Tão loucamente apaixonada,
Que vives apenas do meu sorriso,
Que é capaz de tudo e mesmo errada
Se dedica e me faz ter um riso.

Quem és tu? Doce, compreensiva,
Cuja experiência denoto com leveza,
Nossa conversa é única e extensiva,
Mas que fica perdida na minha tristeza.

Quem és tu que me transportas a sensações,
De desejos loucos, incríveis e incoerentes,
Deixas-me tão aturdido, coberto de emoções,
Que sempre quero os teus sorrisos irreverentes

Quem és tu? Que me olhas tão fascinada,
Retém meu olhar com doce perícia,
Fala-me de teus segredos minha amada
mas a conquista é tua e da tua carícia.
Quem és tu?

Assin: Arthe

Eu e Tu

Eu chamo-te.
Tu não escutas.
Eu quero-te.
Tu desprezas-me.
Eu sonho-te.
Tu me refutas.
Eu apanho-te
Tu afugentas-me
Eu venero-te
Tu me desprezas
Eu amo-te
Tu odeias-me
Mas o laço que me prende
É forte de mais que dói.
Nada me desprende
Ao amor que tenho e me corrói
Então temo. Que o amor
Não existe e não se constrói
Apenas fica a dor
Só Tu
A minha independência se desvanece.
A minha insana loucura cresce
Então o sonho aparece
És tu nua no meu leito
Tão crua e junto ao meu peito
É apenas um sonho e desvanece
É assim o amar...
Acontece.

Assin: Arthe